Gostaríamos de
informar à comunidade escolar que realizaremos uma consulta a todos
os estudantes a respeito da organização dos horários adotada no
ano letivo de 2016.
Neste ano, os
estudantes do Ensino Fundamental passaram a ter aulas no contraturno
uma vez por semana e mantiveram as aulas em apenas um sábado a cada
quinze dias, como no sexto ano.
O Ensino Médio passou
a ter mais dois tempos no contraturno no mesmo dia em que já
estariam na escola para as aulas de Educação Física. Assim, as
aulas regulares aos sábados passaram a ser quinzenais.
Considerando os
benefícios pedagógicos dessa nova organização e esperando poder
continuar oferecendo no próximo ano um ensino de qualidade tanto na
grade curricular regular quanto nas atividades de pesquisa, extensão
e cultura, foi decidido em reunião de coordenadores consultar os
estudantes sobre sua satisfação em relação à organização dos
horários de nossa escola.
Para mais informações
sobre a organização dos horários, leia os seguintes documentos:
- Quadro Síntese da organização dos horários 2016.
- Perguntas e respostas sobre o horário 2016.
1) QUADRO
SÍNTESE DAS PROPOSTAS DE ALTERAÇÕES NA ORGANIZAÇÃO DOS HORÁRIOS
DE 2016
- Todas disciplinas de dois tempos passam a ser ministradas em aulas casadas.
- Acréscimo de 30 minutos de aulas semanais devido à eliminação de um sábado de aulas regulares com tempo reduzido.
- Todos os estudantes passam a contar com apenas um sábado quinzenal com aulas regulares.
- Organização dos contra turnos em dias específicos por série, possibilitando a organização das atividades diversificadas (reforços, iniciação cientifica, projetos diversos, etc) sem choque com aulas regulares.
SÉRIE
|
ALTERAÇÕES
|
ENSINO
FUNDAMENTAL
|
|
6º
ANO
|
Sem
alterações.
Manutenção
da organização dos horários anteriores.
Aulas
regulares ministradas semanalmente no turno e um sábado
quinzenal.
|
7º
ANO
|
Eliminação
de um sábado quinzenal com aulas regulares (ou seja, fim do
sábado fixo).
Aulas
regulares ministradas semanalmente no turno e criação de 2
tempos de aula em contra turno (no horário mais próximo ao
almoço) uma vez por semana, as quintas feiras.
|
8º
ANO
|
Eliminação
de um sábado quinzenal com aulas regulares (ou seja, fim do
sábado fixo).
Aulas
regulares ministradas semanalmente no turno e criação de 2
tempos de aula em contra turno (no horário mais próximo ao
almoço) uma vez por semana, as terças feiras.
|
9º
ANO
|
Eliminação
de um sábado quinzenal com aulas regulares (ou seja, fim do
sábado fixo).
Aulas
regulares ministradas semanalmente no turno e criação de 4
tempos de aula no contra turno uma vez por semana, as segundas
feiras.
Redução
dos tempos de aula no sábado (de 6 para 4 tempos).
|
ENSINO
MÉDIO
|
|
1º
ANO
|
Eliminação
de um sábado quinzenal com aulas regulares (ou seja, fim do
sábado fixo).
Aulas
regulares ministradas semanalmente no turno, e acréscimo de 2
tempos de aula em contra turno (aproveitando o contra turno já
existente para as aulas de Ed. Física), 1 vez por semana as
sextas feiras.
Acréscimo
de um tempo de aula uma vez por semana (as terças ou quintas
feiras).
|
2ºANO
|
Eliminação
de um sábado quinzenal com aulas regulares (ou seja, fim do
sábado fixo).
Aulas
regulares ministradas semanalmente no turno, e acréscimo de 2
tempos de aula em contra turno (aproveitando o contra turno já
existente para as aulas de Ed. Física), 1 vez por semana as
quartas feiras.
Acréscimo
de um tempo de aula uma vez por semana (as terças ou quintas
feiras).
|
3º
ANO
|
Eliminação
de um sábado quinzenal com aulas regulares (ou seja, fim do
sábado fixo).
Aulas
regulares ministradas semanalmente no turno, e acréscimo de 2
tempos de aula em contra turno (aproveitando o contra turno já
existente para as aulas de Ed. Física), 1 vez por semana as
segundas feiras.
Acréscimo
de um tempo de aula uma vez por semana (as terças ou quintas
feiras).
|
2) PERGUNTAS
E RESPOSTAS SOBRE A ORGANIZAÇÃO DOS HORÁRIOS
DO
CAMPUS
REALENGO II
Por
que o horário de Realengo II de 2016 criou tanta polêmica?
A
organização pedagógica dos horários desse ano utilizou
estratégias que outros campi
já utilizaram (e ainda utilizam) para resolver problemas de
distribuição das disciplinas na grade de horário. São elas: aulas
no contraturno e um “sétimo tempo” uma vez por semana em alguns
anos de escolaridade. Como essa proposta criaria uma janela muito
grande nos sábados, optamos pela alternativa de não ministrar as
aulas regulares no sábado 2, como sempre ocorreu com o 6º ano. Isso
pareceu para alguns uma afronta inovadora à tradicional unidade
administrativa da Escola, quando na verdade foi uma solução
exclusivamente pedagógica inspirada em práticas já existentes.
Por
que essa proposta foi feita?
As
disciplinas de dois tempos semanais (Artes, Desenho, Sociologia,
Informática Educativa e Educação Física) que atuam nos sábados
são obrigadas a “quebrar” suas aulas em uma aula semanal (terça
ou quinta) e duas aos sábados, que ocorrem de quinze em quinze dias
(“sábado 2”). Essa medida causa grande perda pedagógica para os
estudantes e, consequentemente, para a prática e organização dos
professores. Algumas disciplinas (como Artes e Música) conseguiram
medidas administrativas que impediram que fossem “quebradas” na
grade de horários (tal como na portaria 603 de fevereiro de 2014), o
que forçou que as disciplinas que não tinham esse privilégio
fossem retiradas dos dias da semana e alocadas em aulas apenas aos
sábados (sábados 1 e 2). O fato é que a quebra de aulas representa
uma perda pedagógica para qualquer disciplina de dois tempos (o que
faz com que a mesma portaria afirme em seu Art. 20 que deverá ser
evitada a alocação de disciplinas de dois tempos no rodízio de
sábado).
Sem
os sábados, os professores de dias ímpares vão trabalhar menos? Os
alunos terão menos aulas?
Pelo
contrário. Ao trocar os sábados por aulas no contraturno em dias
pares, as disciplinas de dois tempos terão mais tempo de aula. Como
os tempos da semana têm 45 minutos e os de sábado 40 minutos
(alguns campi
chegaram a trabalhar com tempos de 30 minutos nos sábados!), os
alunos terão 30 minutos a mais de aulas por semana. Se levarmos em
conta o atual calendário da escola, podemos observar que, um
professor que dê aulas apenas aos sábados (“sábado fixo”) terá
sete encontros de 80 minutos com seus alunos (14 aulas de 40 min.),
ao passo que se trabalhasse, por exemplo, na terça-feira, teria dez
encontros de 90 minutos (20 aulas de 45 min.)! Isso significa que um
professor no modelo de horário adotado atualmente teria 340 minutos
a mais de aulas do que no modelo anterior.
É
apenas uma questão do tempo total de aulas?
Não,
é uma questão do tempo de duração de cada encontro semanal. Aulas
que propõem trabalhos com tinta, debates, filmes, redação, salas
ambiente (laboratório de informática, sala de desenho, sala de
artes, quadra de esportes, piscina) não podem desenvolver suas
atividades adequadamente em apenas 45 minutos. Apesar de a escola
oferecer aulas aos sábados, nem toda a estrutura técnica funciona
nesses dias, o que dificulta o trabalho de disciplinas como
Informática Educativa, que precisa de técnicos de suporte de rede e
técnicos de laboratório que não trabalham aos sábados. Sábados
também são dias de atividades extraclasse, passeios, olimpíadas,
festa junina e outros eventos fundamentais à proposta pedagógica da
escola e das equipes. Como as avaliações são realizadas
principalmente sobre os conteúdos regulares ministrados em aulas
regulares, a mudança de aulas de disciplinas de dois tempos para os
dias de semana representam um imenso ganho pedagógico sem ônus
algum para as demais disciplinas e atividades escolares.
A
proposta foi uma imposição da direção?
Não.
A proposta partiu de um grupo de professores que compõe um GT para
elaboração de horários desde 2014. A portaria (nº 4180 de
novembro de 2015) que quebrou com a obrigatoriedade de distribuição
de disciplinas em dias pares e ímpares permitiu que a proposta fosse
feita. Essa portaria foi revogada em março de 2016, ou seja, depois
dos horários terem sido confeccionados sob sua validade. Entretanto,
a portaria nº 4475 de dezembro de 2015 preserva a prerrogativa dos
professores dos campi
trabalharem em dias pares ou ímpares “desde que de comum acordo
com os Diretores-Gerais dos campi
e Coordenações Pedagógicas do respectivo campus”.
O colegiado de coordenadores do Campus
Realengo II se reuniu e aprovou a proposta por unanimidade devido ao
evidente ganho pedagógico que representava diante da forma anterior
de distribuir as disciplinas na grade.
Os
alunos e pais foram consultados?
Os
estudantes foram chamados para participar do GT de confecção de
horários. Primeiro em reunião informal dos membros do Grêmio e
depois formalmente em uma reunião chamada pelos próprios estudantes
que reivindicavam mudanças no calendário extraordinário adotado
para a 3ª série em 2015. Infelizmente, nenhum estudante compareceu
às reuniões do GT. Depois dos horários montados, antes do início
do ano letivo, a comissão de pais foi consultada e também se
posicionou favorável à proposta de mudança.
A
rotina dos estudantes foi drasticamente alterada?
Não.
Todos os estudantes do Ensino Médio já têm aulas no contraturno.
As aulas que saíram do sábado para o contraturno ocupam a janela
que já existia nos dois últimos tempos da manhã e nos dois
primeiros da tarde. Alunos do Fundamental têm sua rotina mudada do
sexto para o sétimo ano, quando passam a frequentar a escola todos
os sábados. No atual modelo, ele continua com apenas um sábado
quinzenal, como no sexto ano, e passa a frequentar a escola em apenas
um contraturno por semana. Até o momento, o corpo docente tem
percebido uma mudança positiva na rotina dos alunos, que poderá ser
comprovada ao longo do ano com a manutenção do calendário atual em
nosso campus.
A
proposta contraria a portaria de horários elaborada aprovada pelo
Conepe?
Não.
Segundo o artigo 3º da Portaria 4475 de 10 de dezembro de 2015
acerca da Ordem de Serviço 025 do mesmo ano (que acabava com a
divisão entre dias ímpares e pares), “não há impedimentos para
os docentes optarem por dias pares (segundas, quartas e sextas) ou
ímpares (terças, quintas e sábados), desde que de comum acordo com
os Diretores-Gerais dos campi
e as Coordenações Pedagógicas do respectivo campus”.
A
proposta cumpre o calendário aprovado pelo CONEPE? Cumpre os 200
dias letivos?
Sim.
A organização de horários cumpre o calendário e os 200 dias
letivos como todos os demais campi
da
escola. O regime de trabalho semanal e aos sábados 2, como o adotado
em Realengo II para todas as séries, é o mesmo adotado pelos 6ºs
anos de todos os campi.
Eu
posso ter um horário como esse no meu campus?
Qualquer
campus
que adote aulas regulares no contraturno, como já ocorre há algum
tempo em nossa escola, e com salas disponíveis, podem adotar esse
modelo de horário. Realengo II, com 100 tempos de disciplinas de
dois tempos do 7º ano do Fundamental à 3ª série do Ensino Médio,
precisou de 3 salas de aula (além dos laboratórios de informática,
das quadras e da piscina) para resolver antigos problemas pedagógicos
na montagem de horários.
Um
campus
pode ter horários diferenciados sem ferir a unidade pedagógica da
escola?
Sim.
Isso sempre foi feito e a proposta de Realengo II não muda em nada a
realidade da escola. As soluções para os problemas de distribuição
de disciplinas na grade semanal nunca foi igual entre os campi.
Contraturno, tempo zero, sétimo tempo são práticas adotadas há
anos por diferentes campi.
No ano letivo de 2016 existem campi
que adotam essas práticas. Também existem campi
onde professores optaram de comum acordo com suas direções em atuar
em dias pares ou ímpares independente de sua alocação tradicional.
Nenhum deles foi questionado pelo CONEPE. Também não houve debate
em nenhum fórum sobre os ganhos pedagógicos que conseguiram.
O
campus
de Realengo II desrespeitou o calendário escolar?
Não.
O calendário escolar de Realengo II é o mesmo dos demais campi
e cumpre integralmente as exigências pedagógicas legais, incluindo
o ano letivo com 200 dias. O Campus
de
Realengo II, assim como os demais, também distribui, de acordo com
seu planejamento pedagógico, atividades interdisciplinares e
festivas em dias da semana ou sábados, quando essas substituem as
atividades de aula regulares integralmente ou com redução de tempo
das aulas a fim de permitir que todos participem. Cabe ainda lembrar
que, quando o Campus
Realengo II foi acusado de não cumprir o calendário escolar do
colégio, ainda não havia calendário oficial do ano letivo de 2016.
Na verdade, nesse início de abril, a escola ainda não conta com um
calendário oficial aprovado. Nesse ponto, causa estranheza a crítica
seletiva a Realengo II, não só pela falta de provas, mas que, pelo
princípio de isonomia, deveria ser dirigido a todos os campi
do colégio. Pelo mesmo motivo, seria preciso que a reitoria
detalhasse o que quer quando pede através da ordem de serviço nº
05 de março de 2016 que o campus
“reforme seu calendário” já que o campus trabalha com o mesmo
calendário provisório que orienta o planejamento pedagógico de
todos os campi
da escola.